No contexto da biologia e ecologia do salmão do atlântico, é importante saber que é um peixe migrador anádromo: durante a primavera-verão migra do mar para zonas a montante nos rios para se reproduzir. Na Península Ibérica, os juvenis (parr) permanecem em ambiente dulciaquícola entre um a dois anos. Habitam troços nas zonas intermédias e superiores dos rios, em locais com baixa profundidade, velocidades de corrente elevadas, águas bem oxigenadas, e onde o substrato é composto por cascalho e/ou gravilha. Posteriormente, sofrem um processo de transformação fisiológica e morfológica, que permite a adaptação ao meio marinho (smoltificação). Estes indivíduos – os smolts – migram para mar, entre abril e junho, onde passam por um período de crescimento e, quando atingem a maturidade sexual, regressam aos rios de origem para desovar (homing). A migração reprodutora inicia-se na primavera, com a chegada dos indivíduos de maior dimensão, normalmente fêmeas. A migração continua pelo verão e prolonga-se até ao outono, altura em que chegam os últimos animais, normalmente machos mais pequenos que passaram apenas um inverno no mar. A desova ocorre desde novembro até ao início de janeiro e a eclosão dos ovos pode prolongar-se até março. Após a desova, alguns destes indivíduos morrem, mas outros conseguem sobreviver e podem completar novamente este ciclo. Os salmões adultos que regressam ao mar após se reproduzirem são designados de kelts. É uma espécie com uma longevidade assinalável, podendo ultrapassar os 10 anos de idade.
Após a desova, alguns destes indivíduos morrem, mas outros conseguem sobreviver e podem completar novamente este ciclo. Os salmões adultos que regressam ao mar após se reproduzirem são designados de kelts. É uma espécie com uma longevidade assinalável, podendo ultrapassar os 10 anos de idade.
É uma espécie de grande porte, de corpo fusiforme, com o comprimento total médio a variar entre os 70 e 80 cm. No entanto, pode atingir 1,5 m de comprimento e 45 kg de peso máximo. Apresenta uma barbatana adiposa entre as barbatanas dorsal e caudal, e as barbatanas pélvicas na zona abdominal. As escamas são relativamente pequenas. O maxilar superior termina ao nível do bordo posterior do olho. Quando regressam do mar, os salmões possuem uma coloração prateada com tons azulados no dorso e pontuações negras mais abundantes acima da linha lateral. A região ventral é esbranquiçada. A pigmentação dos juvenis (parr), forma um padrão de manchas escuras ovais com tom azulado dispostas paralelamente sobre a linha lateral. Após a metamorfose e o início da migração para o mar, os smolts adquirem uma coloração prateada.
Em água doce, os juvenis de salmão alimentam-se de larvas e adultos de insetos aquáticos, crustáceos e moluscos, assim como e insetos terrestres que caem na água. A dieta oceânica é composta essencialmente por krill e outros pequenos crustáceos, moluscos e peixes.